A análise de transporte é fundamental para que as empresas tenham uma operação saudável financeiramente. No transporte de passageiros não dá para se manter competitivo sem conhecer exatamente a situação financeira do negócio.
As empresas de ônibus precisam, constantemente, criar estratégias para reduzir custos e atender às demandas dos passageiros com a máxima qualidade possível. Tudo isso sem comprometer o fluxo de caixa.
Cada processo logístico gera gastos que impactam na operação. Para garantir que o planejamento seja assertivo, a melhor solução é fazer uma análise de transporte detalhada.
Alguns pontos são essenciais nesta hora e, para ajudá-lo, preparamos 5 dicas para uma análise de transporte eficiente em empresas de ônibus. Coloque essa estratégia em prática, reduza custos e prejuízos, otimize a operação e melhore os resultados financeiros da sua empresa!
5 aspectos essenciais na análise de transporte
1.Disponibilidade da frota
A disponibilidade da frota é uma questão crucial na gestão das operações de transporte de passageiros. A empresa que dispõe da quantidade necessária de veículos e de uma frota otimizada consegue suprir melhor as necessidades do mercado e alcançar os resultados financeiros desejados.
1.1. Número de veículos
Disponibilidade e ociosidade são coisas bem diferentes. Ter veículos disponíveis não significa que eles estejam parados no pátio prontos para uma nova demanda. Isso é desperdício.
O equilíbrio financeiro de uma empresa de transporte de passageiros passa pela estimativa cuidadosa da frota necessária para a operação.
Da mesma forma, ônibus de menos impedem a empresa de crescer. Para a conta fechar é necessário conhecer a operação detalhadamente e fazer projeções assertivas, sempre com base na análise de dados.
1.2. Automação e integração dos processos
Uma operação com o fluxo organizado tem uma taxa de disponibilidade muito melhor do que as empresas que não investem na automação dos processos e controles.
A integração entre os setores é um ponto chave. A disponibilidade da frota pode ser seriamente afetada se a área de compras não estiver integrada à oficina, por exemplo. A demora na compra de uma peça atrasa o reparo do veículo e, como sabemos, ônibus parado no pátio, indisponível para a operação, causa prejuízos.
De forma integrada, o setor de compras, o estoque e a oficina são decisivos para melhorar a disponibilidade da frota, avaliar o desempenho de cada ônibus e acompanhar Ordens de Serviço criadas e encerradas.
1.3. Manutenção preventiva
A manutenção preventiva dos veículos é outra forma de melhorar a disponibilidade. Um ônibus quebrado, parado no meio do trajeto, não só prejudica o fluxo da operação como compromete a qualidade do serviço oferecido, reduz a satisfação dos usuários e prejudica a imagem da empresa.
As manutenções realizadas nos prazos previstos evitam custos adicionais, como a troca de peças às pressas, e aumentam a vida útil dos veículos. Além disso, a manutenção programada permite que a empresa faça o remanejamento da frota enquanto um veículo estiver na oficina.
Para garantir o número suficiente de ônibus, os gestores devem adotar como rotina o planejamento das manutenções preventivas. A indisponibilidade da frota e a má gestão causam sérios impactos sobre os resultados e a produtividade do negócio. Utilize um sistema capaz de fazer a gestão da manutenção.
1.4. Como contar a quantidade de veículos?
A análise das rotas, a capacidade de cada ônibus e a quantidade média de passageiros por linha são dados fundamentais para estimar a quantidade ideal de veículos que a empresa deve ter, levando, assim, à assertividade sobre os ônibus disponíveis.
Garantir a disponibilidade da frota faz com que a empresa tenha ganhos em produtividade, organização das rotinas, redução de prejuízos e equilíbrio financeiro.
2.Timing da operação
2.1. Transporte rodoviário
Com auxílio de tecnologia é possível acertar o timing das operações de transporte. Ou seja, com um controle assertivo de linhas, horários, veículos e motoristas a empresa mantém uma “rede operacional” otimizada.
No caso do transporte rodoviário, além da frota com manutenções em dia, é essencial ter atenção ao cumprimento da jornada do motorista. As empresas não podem exceder o limite designado pela Lei do Motorista e, por isso, precisam de sistemas que facilitem essa demanda.
O controle das escalas de trabalho é parte do timing da operação. Um motorista que faz uma viagem interestadual, por exemplo, precisa de um cronograma das horas trabalhadas, dos intervalos para descanso e, é claro, da previsão de retorno ao estado de origem e de folgas.
Em plena era de transformações digitais, a empresa que não investe em inovações para atividades operacionais rotineiras, burocráticas e demoradas perde a oportunidade de aproveitar a inteligência humana no aprimoramento do negócio. Para um timing perfeito da operação, nada melhor do que automatizar processos e investir em tecnologia.
2.2. Transporte urbano
A análise de transporte leva à clareza sobre os veículos e os motoristas disponíveis para cada linha do transporte urbano, permite calcular o cumprimento de mais trajetos com menos ônibus e mostra como cobrir “janelas” da operação colocando para rodar um veículo que ficaria parado no terminal esperando seu novo horário de saída.
Não custa lembrar que veículo parado é prejuízo e, por isso, a análise do transporte mostra como tornar a operação mais enxuta e inteligente sem interferir no tempo de descanso dos motoristas.
Outra vantagem de ajustar o timing da operação é a redução dos problemas com atrasos, pois a análise de transporte leva em conta imprevisibilidades como o trânsito denso, necessidade de recolhimento e manutenção dos ônibus ou absenteísmos de motoristas e cobradores.
2.3. Fretamento e turismo
O serviço de fretamento e turismo deve ser submetido à análise de transporte para manter o fluxo financeiro da empresa saudável. Mais do que ter ônibus e vans disponíveis, a gestão precisa levar em conta a administração dos assentos vagos, a manutenção da frota, o tempo de viagem e o itinerário.
Uma aposta para facilitar essa tarefa é a roteirização, que mostra quais são os percursos mais vantajosos e lucrativos. A roteirização é decisiva para o timing da operação porque considera as distâncias, o trânsito, as restrições de tráfego, as condições das vias, a segurança, o consumo de combustíveis etc.
No fretamento para empresas, por exemplo, as rotas precisam ser simples e ágeis, levando em conta o endereço dos envolvidos, a extensão de caminhada até o ponto de embarque e o tempo que os passageiros vão passar a bordo.
No serviço de turismo rodoviário, a roteirização estima os gastos com pedágios, autonomia dos veículos, melhores locais para abastecimento, pontos de parada mais seguros para alimentação, entre outros fatores. Investir em um sistema de roteirização do transporte fretado, integrado ao ERP, é uma medida vantajosa.
Outros fatores influenciados pelo timing da operação:
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Uso do bagageiro
Outra possibilidade oferecida pela roteirização no serviço de turismo rodoviário é o uso do bagageiro para transporte de encomendas. O sistema vem ganhando adeptos e melhorando o lucro das empresas. O funcionamento é simples, mas requer uma solução tecnológica como o TMS Encomendas, ferramenta integrada com o sistema Globus da Praxio.
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Venda de passagens
Quem faz a análise de transporte consegue otimizar também a gestão das vendas de passagem rodoviárias ou bilhetagem do transporte urbanos. A Praxio tem a tecnologia necessária para otimizar as vendas e integrar as informações sobre as vendas.
3. Resultados financeiros
A área financeira é o coração da empresa. Ao fazer a análise de transporte, o gestor precisa considerar a forma como os recursos são utilizados e traçar estratégias para melhorar o retorno dos investimentos.
O acompanhamento das finanças é facilitado quando a empresa integra seus dados, conecta diferentes setores e leva em consideração as regras de mercado e o tipo de serviço prestado.
No caso do transporte urbano, a rentabilidade está vinculada às tarifas controladas pelas prefeituras. No transporte rodoviário, o lucro é resultado da venda de passagens. Para o fretamento, a saúde financeira estará diretamente ligada ao número de clientes.
Seja qual for o caso, a análise de transporte precisa levar em conta:
- Custos operacionais: consumo médio da frota, pagamento de salários, impostos, aluguéis, manutenção dos veículos e investimentos na ampliação da frota ou substituição de veículos etc.
- Preço das passagens: mesmo quando a tarifa não é tabelada, os preços cobrados precisam respeitar a média de valores do mercado, a distância percorrida e os custos operacionais. Com a concorrência acirrada, ganha quem oferece o melhor serviço pelo menor preço.
- Atenção à demanda: quanto melhor o serviço, mais a empresa se destaca e conquista o respeito dos clientes. Automatizar os processos traz ganhos em qualidade, comodidade para os passageiros, nível de satisfação e, consequentemente, mais oportunidades de crescimento do negócio.
Tudo isso tem relação direta com os resultados financeiros.
4. TCO e depreciação da frota
Uma boa estratégia na análise de transporte é calcular e acompanhar o custo total de propriedade (TCO, do inglês Total Cost of Ownership). Essa métrica é usada para checar o custo total de aquisição, de uso e de gerenciamento durante a vida útil dos ativos.
No caso das empresas de transporte, o TCO mostra o montante de recursos necessários para mobilizar, manter a operação e desmobilizar a frota. Ou seja, o TCO determina os custos dos veículos e todas as despesas associadas a eles.
No caso de ônibus ou vans, por exemplo, todos os gastos de manutenção e operação devem ser agregados, incluindo os custos visíveis (combustível, impostos, multas, pedágios, manutenção, salários, impostos, sinistros etc.) e invisíveis (custo de indisponibilidade de um veículo, depreciação, desmobilização de uma operação, capital para aquisição etc.)
Com o TCO, o gestor de frotas toma decisões de forma mais ágil e correta porque consegue comparar os gastos entre os veículos de um mesmo modelo e que fazem trajetos idênticos.
Outra vez vale lembrar que o uso de sistema de integração de dados para TCO faz a relação das variáveis da operação de ponta a ponta e alimenta a gestão, em tempo real, com as informações necessárias para a análise de transporte.
5. Dados integrados
A análise de transportes reúne e evidencia informações a partir de dados aparentemente isolados. Serve para melhorar muitos processos e áreas, especialmente a financeira.
A questão é: como organizar tantos dados envolvidos no transporte de passageiros? É simples: por meio da integração de sistemas. Com todas as áreas, informações e documentos integrados fica mais fácil coletar, manipular, extrair e apresentar dados importantes para a gestão financeira.
Os dados são um ativo fundamental para quem deseja melhorar a produtividade das operações, a satisfação do cliente, o crescimento da receita e a sustentabilidade.
Com a integração dos dados as empresas podem, por exemplo, prever aumentos de demanda em períodos sazonais, ampliar pontos de venda de passagens, identificar roteiros com alta demanda e, no caso de fretamento e turismo, identificar destinos de maior interesse etc.
A Praxio tem todas as soluções necessárias e integradas para auxiliar na análise de transporte e para proporcionar aos gestores as ferramentas necessárias para manter a saúde financeira da empresa. Por meio dos softwares especialistas é possível aprimorar o uso das frotas e a mão de obra, reduzindo os custos.
Quer saber mais? Conheça o software Globus.