transporte coletivo sob demanda

Como fazer a gestão na operação de transporte coletivo sob demanda

Transporte coletivo sob demanda é um serviço de mobilidade flexível. O passageiro solicita viagens em tempo real, através de uma plataforma, para viagens compartilhadas. Saiba como essa operação é gerenciada!

As transformações digitais e os novos hábitos dos consumidores estão ditando tendências e revolucionando serviços. O transporte coletivo sob demanda é um exemplo de como será o futuro da mobilidade urbana no Brasil e no mundo.

Baseada no conceito de Mobility as a Service ou Mobilidade como Serviço (MaaS), essa nova maneira de se locomover está amparada em um alto nível de tecnologia, integração de sistemas, capacidade de atender o usuário de maneira quase exclusiva e muito mais confortável e, é claro, provar que o transporte coletivo também sabe inovar.

No Brasil, o transporte rodoviário é o modal mais utilizado para o deslocamento das pessoas dentro das cidades ou entre municípios e estados. Todos os dias, milhões de passageiros utilizam o sistema urbano de transporte ou as operadoras de viagem, mas não custa lembrar: os usuários estão cada vez mais exigentes e em busca de soluções mais modernas.

A competitividade e a lucratividade das empresas dependem das inovações e da agilidade para atender novas demandas. Sua empresa está pronta? Neste artigo, vamos mostrar como o transporte coletivo sob demanda vem se consolidando e como fazer a gestão desse novo modelo de negócio.

Como funciona o transporte coletivo sob demanda na operação de transporte?

Diferentemente dos sistemas tradicionais de transporte – aqueles com horários fixos, rotas preestabelecidas e que funcionam independentemente de ter ou não passageiros –, esse novo sistema de transporte está baseado na demanda reativa.

Nesse caso, é o usuário que solicita o transporte de acordo com sua necessidade, conectando-se à uma plataforma digital. Ao acessar o operador do transporte, o passageiro informa sua localização e o destino desejado, assim como faz em aplicativos de transporte individual.

Funciona, basicamente, como o serviço de transporte individual solicitado por aplicativo, mas, ao invés de carro, o passageiro viaja em vans, ônibus ou micro-ônibus. Em resumo, é o que poderia ser chamado de um novo “Uber do ônibus”.

Vantagens do transporte coletivo sob demanda

Com transporte on demand, a empresa deixa de ter ônibus ociosos e não apenas melhora o serviço oferecido aos usuários, mas também otimiza e flexibiliza o uso das frotas.

Outra vantagem é a readequação da frota, já que nem sempre os ônibus serão necessários. Conforme a necessidade, micro-ônibus e vans com espaço para oito ou dez passageiros são suficientes.

A cobrança pelo serviço também fica facilitada, já que o pagamento é feito pelo app, sem uso de dinheiro, de forma mais prática, rápida e segura. Além disso, as empresas se posicionam na vanguarda, otimizam a experiência do usuário, tem sua marca fortalecida e contribuem para a mobilidade, já que complementam a oferta de transportes.

Mobility as a Service

A MaaS está focada na melhoria da mobilidade e na ideia de retirar veículos particulares das ruas e oferecer opções personalizadas de transporte coletivo. O resultado? Mais qualidade de vida aos usuários e novas oportunidades de negócio para as empresas.

O uso de tecnologia é uma das premissas desse modelo, já que requer pelo menos três plataformas:

  •  Aplicativo para o usuário.
  •  Aplicativo para o motorista (para interagir com os pedidos dos usuários).
  • Sistema para integração, disponibilização da frota e gerenciamento do serviço.

Linhas de transporte coletivo sob demanda

A modernização do transporte coletivo já começou no Brasil e se acentuou após a pandemia, quando a recomendação por isolamento social fez despencar o fluxo de passageiros.

Uma das estreantes do país no serviço de ônibus sob demanda fica na região do ABCD Paulista. Em setembro de 2019, a Next (antes chamada Metra) – concessionária de transporte de São Paulo – fechou um acordo com a startup UBus, a primeira plataforma brasileira de oferta de ônibus sob demanda.

Com a iniciativa, a empresa passou a oferecer o transporte coletivo através de um aplicativo similar ao utilizado pelos sistemas de transporte individual. O MetraClass se tornou, assim, a primeira linha de transporte urbano intermunicipal sob demanda.

Além de viajar em um ônibus de padrão rodoviário, mais confortável que os veículos urbanos convencionais, com ar-condicionado, Wi-Fi e tomadas USB, os passageiros ainda podem escolher a poltrona e utilizar o aplicativo – que é baixado gratuitamente – para validar a passagem por meio de um QRCode na entrada do veículo.

Na linha entre São Bernardo e a Capital paulista, por exemplo, as paradas ocorrem somente para embarques e desembarques, o que agiliza as viagens. Fortaleza, Brasília e Goiânia também já aderiram a sistemas de transporte coletivo sob demanda. A primeira experiência tem mais de um ano em Goiânia e soma cerca de 80 mil usuários.

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Como gerenciar o transporte coletivo sob demanda?

Gerenciar o transporte coletivo sob demanda requer, evidentemente, boa integração entre modais, controle dos dados da operação e tecnologia que permita a visibilidade 360 graus.

Isso porque o transporte on demand faz parte de um movimento que enxerga a mobilidade de forma mais ampla e sustentável, em sinergia com o conceito de cidades inteligentes.

Para facilitar a gestão do transporte coletivo sob demanda, a Praxio oferece o software ERP Praxio, integrado ao UBus. Dessa forma, as empresas que já utilizam a ferramenta podem gerenciar os dados da operação pelo próprio ERP.

Como o ERP ajuda no transporte on demand?

O ERP, da sigla Enterprise Resource Planning, é um software que pode ser baseado em computação na nuvem e fica disponível 24 horas por dia. O sistema coleta e organiza todos os dados de back office da empresa (financeiro, contas a pagar e receber, compras, administração e recursos humanos) e os aloca em um único ambiente.

A grande vantagem do ERP é que ele pode ser acessado por todos os colaboradores por meio de computadores, notebooks, smartphones e tablets, onde quer que estejam. Como é atualizada em tempo real, a plataforma reduz a distorção de dados e fornece um cenário mais real ao gestor.

No caso do software ERP da Praxio, há um importante diferencial: além da função “padrão” de um ERP comum, o software transmite tudo o que acontece dentro de um ônibus (gestão de frota, abastecimento e pneus, controle de oficina, arrecadação/bilhetagem, plantão, escala de veículos e motoristas, entre outros.), além de ajudar no gerenciamento do transporte sob demanda em si.

Solução inteligente para o transporte coletivo sob demanda

O ERP é uma solução inteligente para o transporte on demand porque permite o gerenciamento da frota, definição de escalas, controle de jornadas e, assim, melhora a qualidade e a eficiência do serviço oferecido para o usuário final.

Com o sistema é possível otimizar os processos, organizar as demandas, fazer a gestão de manutenção e de toda a oficina. A visualização realista do que acontece na empresa facilita a tomada de decisões.

No caso do transporte sob demanda, o software ERP da Praxio para transporte de passageiros está integrado ao aplicativo UBus, agilizando a implantação do serviço, que passa a depender de um único fornecedor.

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Por que a demanda de passageiros no transporte público varia ao longo do tempo?

O sistema de transporte coletivo foi concebido para ajudar na mobilidade, facilitando os deslocamentos, mas alguns fatores tornam a demanda variável e as empresas precisam entender essas dinâmicas para manter o equilíbrio e a sustentabilidade dos negócios.

Reconhecer as variações na demanda e o comportamento dos usuários ajuda na gestão da operação, gestão da frota, alocação de recursos e planejamento estratégico/operacional.

Entenda os principais fatores que podem alterar a demanda no transporte público coletivo:

Crescimento e/ou adensamento das cidades

A modificação no perfil das cidades e as alterações urbanas forçam mudanças nos sistemas de transporte, que precisam se adequar à realidade de cada município. O próprio parcelamento do solo interfere nesse aspecto, já que cidades com terrenos maiores, por exemplo, terão menos moradores concentrados.

Preço das tarifas e renda

O rendimento das famílias e o preço das tarifas interferem no volume de usuários do transporte coletivo. Sempre que ocorrem reajustes na passagem, as pessoas tendem a buscar outra forma de deslocamento até que se adaptem aos novos preços. O mesmo ocorre em períodos de crise econômica e inflação alta, aspectos que levam ao comprometimento da renda familiar.

Qualidade dos serviços

A oferta de linhas, frequências, horários, itinerários, qualidade da frota, conforto dos veículos, tempo de permanência no veículo, necessidade de transbordo entre modais e atrasos rotineiros são aspectos que podem interferir no número de passageiros do transporte coletivo.

Facilidade na aquisição de automóveis e motos

A possibilidade de ter um automóvel próprio pode alterar os padrões das viagens coletivas, reduzindo a demanda no transporte público, por exemplo. Muita gente sonha em adquirir um veículo acreditando que vai melhorar a mobilidade, já que terá mais autonomia para definir horários e rotas.

Densidade urbana ou regional

Sabe-se que bairros com grande densidade de residências estão relacionados à presença de moradores de baixa renda e baixas densidades têm maior relação com alta renda. Onde a renda é menor, há também taxas reduzidas de propriedade de veículos e maior utilização do transporte público.

Taxa de desemprego

Períodos de forte declínio na taxa de ocupação da população representam também queda na demanda por transporte. Menos gente trabalhando, menos gente usando o transporte coletivo.

Crises sanitárias

A pandemia mostrou o quanto uma crise sanitária pode impactar na demanda de passageiros. No pico da Covid-19, muitas cidades chegaram a interromper completamente o transporte coletivo para reduzir a disseminação do vírus.

Vale a pena o investimento em transporte coletivo sob demanda? 

A análise de tendências feita pela e apresentada no ITT Report mostra que tecnologias digitais devem marcar o futuro da mobilidade em todo o mundo. Em regiões urbanas no Brasil, 75% das pessoas já utilizam algum aplicativo para locomoção.  

Ao avaliar essa tendência de mercado – e sabendo da alta demanda de usuários brasileiros que não querem mais dirigir em horários de pico e buscam economia de custos, qualidade de vida e mais facilidades no deslocamento – fica evidente o impacto que as novas tecnologias terão no transporte de passageiros.

Evidentemente, investir em tecnologia e contratar uma plataforma eficiente para o transporte de passageiros sob demanda tem um custo, mas a decisão de ficar de fora dessa transformação digital pode sair bem mais caro.

Sabemos que o custo da tecnologia influencia na decisão de “personalizar” o transporte, mas vale a pena investir em um sistema de gestão integrado e eficiente para a gestão de dados e melhoria da produtividade.

Veja alguns bons motivos para investir no transporte on demand:

1. Comportamento de consumo e de mobilidade das pessoas no pós-pandemia

A relação do consumidor com o ambiente digital vai ditar o futuro do transporte coletivo. Mesmo que custe um pouco mais caro, o novo “Uber do ônibus” traz vantagens como conforto, praticidade, agilidade, segurança e previsibilidade.

Após a pandemia, as pessoas revisaram seu modo de viver e estão mais exigentes, querem mais tempo para a família e o lazer e estão em busca de serviços de qualidade. Assim, quanto menos tempo perderem no trânsito, melhor. As empresas precisam estar atentas a esses novos padrões e necessidades para se manter competitivas ou, melhor ainda, ditar as tendências e sair na frente da concorrência.

2. Tendências globais do transporte coletivo sob demanda

O mundo vem se adaptando às novas demandas de consumo. Um estudo da WRI México mostra a variedade de soluções encontradas em diferentes países.

Do sistema de corredores de transporte 100% integrados utilizado em Los Angeles, Paris e Sidney a serviços diferenciados de transporte coletivo, como ocorre em Armsterdam, Londres e Nova Iorque, as soluções surgem a todo instante.

E ainda que os países ricos concentrem os serviços DRT – Demand Responsive Transit, o Brasil já conta com algumas iniciativas para atender nichos específicos, atrair mais usuários e mostrar que vale a pena trocar o carro por uma opção de mobilidade sob demanda.

Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte e o Distrito Federal já usam o sistema de transporte coletivo sob demanda e São José dos Campos planeja implementar a modalidade sob demanda como parte integral do seu sistema municipal de transporte coletivo.

3. A necessidade de inovar para driblar crises

Não há espaço para empresas que ficam paradas no tempo. Inovar nunca foi tão importante quanto é hoje e o transporte coletivo não foge à regra. Investir em tecnologia e novos serviços ajuda a se diferenciar da concorrência, equilibrar as demandas e superar crises.

A melhoria da mobilidade nos municípios passa pela ousadia e por investimentos em novos processos, nem que para isso empresas e governos tenham de se apoiar e criar parcerias público-privadas, por exemplo, para viabilizar o transporte coletivo sob demanda.

Sabemos que o transporte coletivo é necessário e para impulsionar o transporte coletivo sob demanda já existem tecnologias como o software ERP da Praxio integrado ao aplicativo Ubus.

Quer saber mais? Confira a entrevista exclusiva com Victor Gonzaga, da UBus.

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