O número de novos empregos no transporte rodoviário cresceu 18,1% em 2021, e as operações urbanas foram responsáveis por quase 67 mil contratações. Neste universo estão motoristas e cobradores que exigem das empresas organização, controle, rigor e investimentos na gestão de escala no transporte.
Nos cinco primeiros meses de 2022, mais 2,8 mil novas vagas foram abertas no transporte urbano, de um saldo total de 8,4 mil vagas se somados o fretamento e as viagens de longo percurso.
O Sudeste lidera as contratações, com 5.258 novas vagas abertas de janeiro a maio, segundo o Painel de Empregos da Confederação Nacional de Transportes (CNT). Seja qual for a modalidade do serviço de transporte de passageiros, fazer o controle de escala de ônibus e gerenciar a escala de motoristas são requisitos essenciais para o sucesso das operações, principalmente para empresas que buscam crescimento.
Em um período de 12 meses, as atividades de transporte de passageiros cresceram 17,5% no Brasil. Só em abril de 2022 o percentual foi de 2,3%, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) estima investimentos superiores a R$ 3 bilhões nos próximos dois anos.
Depois de romper os patamares pré-pandemia e voltar a crescer, o setor de transporte de passageiros precisa se preparar para gerir com eficiência a escala de motoristas e os mais de 385,5 mil ônibus em circulação no país. É sobre isso o que vamos falar hoje: a importância da gestão de escala no transporte. Se você quer dicas de como melhorar sua escala de ônibus, confira este artigo.
Gestão de escala no transporte: o que é?
A gestão de escala no transporte permite o acompanhamento das jornadas, horários e atividades do motorista, de forma a cumprir a CLT, a Lei do Motorista e, principalmente, assegurar direitos e deveres de empresas e trabalhadores.
Como os motoristas de ônibus não trabalham na sede da empresa ou em um escritório, é necessário organizar as escalas de trabalho com rotinas que possam ser geridas a distância e, principalmente, que documentem os horários de início e fim do expediente e os intervalos para descanso.
O controle da escala não só faz a gestão dos recursos humanos, mas melhora a produtividade, o controle de custos, os serviços aos clientes e a tomada de decisões, fornecendo a visibilidade necessária, inclusive, sobre os horários cumpridos, as horas extras, faltas, férias, atestados médicos e a necessidade de novas contratações, por exemplo.
Muitas empresas ainda fazem a gestão de escalas de forma manual, mas no caso dos motoristas de ônibus esse é um complicador, já que os profissionais passam o dia ao volante e, dependendo do tipo de transporte, fora do domicílio.
Por isso, a melhor forma de fazer o controle de motoristas é utilizar um sistema de escala, ou sistema inteligente de gestão, como é o caso do software da Praxio, o Globus, que facilita o acompanhamento sobre o dia a dia das operações, mesmo à distância.
Em resumo, o controle da escala facilita a organização de rotinas e horários, identificação de não-conformidades e dá mais transparência ao relacionamento entre empresa e motoristas.
Jornada de trabalho x escala de motorista
Embora sejam similares e muita gente confunda, há uma diferença entre jornada de trabalho e escala de motoristas. A primeira diz respeito à quantidade de horas que o motorista pode trabalhar de acordo com a Lei do Motorista e os períodos necessários para intervalo e descanso.
Já a escala corresponde às horas que o profissional, efetivamente, está trabalhando. Evidentemente, a escala precisa respeitar a jornada de trabalho.
A CNT realizou um levantamento sobre o perfil dos motoristas de ônibus urbanos no Brasil e descobriu, por exemplo, que eles rodam em média 151,9 km por dia e 24,5% trabalham há mais de 10 anos na mesma empresa. Em 75,5% dos casos, os profissionais estão satisfeitos com o trabalho e não trocariam de empresa.
Importância do controle de escala de motoristas
O bom funcionamento das operações de transporte de passageiros requer controle de escala de motoristas. Sem isso, o serviço fica comprometido, assim como o fluxo e a organização da empresa. Confira algumas vantagens de fazer uma gestão de escala assertiva:
- Organização dos horários, processos e fluxo das operações;
- Registro formal de ponto;
- Controle de faltas (absenteísmo) e redução do turnover;
- Prevenção de acidentes por sobrecarga de profissionais;
- Cumprimento à Lei do Motorista e menor risco de processos trabalhistas;
- Redução do passivo trabalhista – que é a soma das dívidas por descumprimento das obrigações trabalhistas ou recolhimento incorreto dos encargos sociais;
- Transparência na relação entre motoristas e empresas;
- Menor risco de multas, punições e outras consequências negativas à imagem da empresa;
- Mais segurança às operações;
- Otimização das frotas e dos profissionais;
- Mais agilidade nas rotinas das áreas de recursos humanos;
- Motoristas mais satisfeitos, motivados e valorizados;
- Garantia do cumprimento de horários, incluindo períodos de descanso;
- Segurança jurídica para a empresa e os motoristas;
- Redução de prejuízos por pagamentos indevidos;
- Mais produtividade e lucratividade;
- Melhoria da cadeia de valor, que representa um conjunto de atividades para ampliar a performance e criar valor para os passageiros;
- Mais eficiência no serviço, maior satisfação dos clientes e geração de receita.
Como fazer uma escala de ônibus eficiente?
Que a escala de ônibus e o controle das jornadas dos motoristas precisam ser feitas, já está claro. A questão é que existem diferentes formas de checar se as rotinas estão sendo cumpridas corretamente e os cálculos da folha de pagamento também.
Para fazer o correto controle da escala é importante contar com tecnologia. Um sistema de escala é o mais eficiente para a gestão eficiente dos motoristas. Há quem faça esse controle com o uso de rastreadores, que oferecem dados sobre o trajeto e a posição do veículo, como é o caso da Viação Getúlio Vargas.
Aplicativos para o controle de ponto são outros aliados. O uso de um sistema de ponto eletrônico agiliza os processos, melhora a transparência e a confiabilidade dos dados, tornando a gestão de escala no transporte mais eficiente.
O fato é que, para ser assertivo, o controle de escala requer o comprometimento de empresas e motoristas, já que ambos têm vantagens: os motoristas ganham em qualidade de vida e as empresas reduzem uma série de riscos, como acidentes por cansaço e excesso de jornada, menos riscos de multas ou problemas com a Justiça do Trabalho.
Nos dois casos, há ainda a vantagem de os motoristas receberem seus pagamentos corretos, com tudo o que é devido, e as empresas evitarem prejuízos por erro de cálculo na folha de pagamento relativos às jornadas, faltas, atrasos, férias, atestados etc.
5 dicas para facilitar a gestão de escala no transporte
A gestão da escala de motoristas deve levar em conta alguns aspectos. Checar as programações da frota, itinerários e os recursos humanos disponíveis (motoristas e cobradores, por exemplo) é importante, mas há outras coisas que devem estar no radar das empresas.
Conhecimento da Lei 13.103/2015, a Lei do Motorista, que dispõe sobre a jornada de trabalho – carga horária, intervalos para descanso e alimentação, tempo máximo de direção etc. Afinal, a escala deve ser feita com base nesses parâmetros.
- Respeito à jornada de trabalho, que deve ser de até 8 horas diárias, com possibilidade de até 2 horas-extras, a serem pagas com acréscimo. A jornada inclui o tempo que o motorista fica à disposição da empresa, excluindo pausas para descanso e alimentação.
- Necessidade de intervalo, considerando que o motorista tem direito a, no mínimo, uma hora de interrupção da atividade para refeição dentro da jornada de 8 horas diárias, podendo ser dividida em dois intervalos de 30 minutos.
- Descanso de, pelo menos, 11 horas a cada período de 24 horas, com possibilidade de divisão deste tempo, desde que respeitadas 8 horas ininterruptas de descanso.
- Tempo de espera, que é algo comum no caso de fretamentos e que pode ser considerado intervalo de descanso caso se estenda por mais de 2 horas e o local seja adequado e confortável para repouso. Neste caso, o período não precisa ser contabilizado como hora-extra.
- Checagem do diário de bordo com informações sobre o início e o fim da jornada, horas totais trabalhadas e intervalos de descanso. Esses registros podem ser feitos em papel ou por meios eletrônicos.
Gestão com sistema de escala
A gestão de escala no transporte urbano pode ser automatizada e otimizada com o uso de softwares inteligentes, como o software de gestão para transporte de passageiros e aplicativos para controle de ponto desenvolvidos pela Praxio.
A tecnologia (sistema de escala) é capaz de agilizar o processo de registro, o controle de horas e organizar a escala de motoristas, tornando-se não apenas um recurso para facilitar a rotina das áreas de recursos humanos, mas facilitando a tomada de decisões. Com essas soluções da Praxio Mobilidade, as empresas obtêm:
- Ganhos em qualidade de vida para o motorista;
- Respeito à ordem de escala inteligente;
- Sistema confiável e integrado, com rigoroso controle de horário;
- Agilidade no processo e assertividade na disponibilidade da frota.
O software facilita a rotina da operação do transporte rodoviário de passageiros de ponta a ponta, fazendo:
- Gestão da folha de pagamento e das obrigações do eSocial – tanto dos colaboradores internos quanto motoristas e cobradores;
- Controle da escala de horários e esquema de plantão de motoristas;
- Controle da receita, integrando bilhetagem eletrônica, venda de passagens e áreas fiscal e contábil;
- Controle de custos e gestão da manutenção.
Como você viu, o software especializado em transporte coleta dados da operação e repassa, em tempo real, aos departamentos competentes. Assim, realiza a perfeita integração com a gestão de escala de motoristas e cobradores.
Com isso, a ferramenta ajuda o gestor na tomada rápida de decisões e garante o bom funcionamento da empresa. Ficou interessado? Agende uma demonstração e não tenha mais problemas com o controle de ponto e a gestão de escala da sua empresa de ônibus.