controle de estoque

Domine o controle de estoque: conceitos, tipos e principais métodos

Você já conhece todos os benefícios de um eficiente controle de estoque? Descubra os principais métodos de gestão e saiba como aplicar na sua empresa!

O controle de estoque é uma atividade importante para empresas de todos os portes e segmentos. Muito mais do que acompanhar a entrada de matéria-prima e a saída de produtos, controlar o estoque é evitar perdas e otimizar os lucros.

Mesmo as empresas que não comercializam produtos, mas prestam serviços, precisam entender o conceito de controle de estoque. Um exemplo é o transporte de passageiros, que tem a manutenção da frota de ônibus para fazer. Peças de reposição, pneus, combustível: tudo isso requer o controle de compras.

O gerenciamento inadequado do estoque da oficina, por exemplo, compromete a manutenção preventiva ou corretiva. Como resultado, os veículos ficam parados no pátio, a prestação de serviços falha e a insatisfação dos clientes aumenta. Percebe como o controle de estoque é essencial em qualquer empresa?

Para dar conta desta tarefa tão complexa, existem métodos de controle e modernos sistemas de gestão de estoque. É sobre isso que vamos falar hoje.

O que é controle de estoque?

Controle de estoque é o processo que garante às empresas a quantidade ideal de matéria-prima para produção, insumos para a manutenção das atividades operacionais e produtos para comercialização.

Indústria, varejo, prestadores de serviço, seja qual for o segmento ou o tamanho da empresa, a gestão de estoque é necessária. O conceito de controle de estoque envolve processos internos bem organizados para evitar, por exemplo, que a falta de matéria-prima atrase a produção e a entrega dos pedidos.

O controle de estoque precisa estar em sintonia com as áreas de compras, comercial, expedição, armazenamento, recebimento, prevenção de perdas, financeiro e pós-venda/satisfação do cliente.

Quais são as funções de um estoque?

O estoque mantém em dia o fluxo de produção ou prestação de serviços. Evita a interrupção da produção e a falta de produtos. Para que um fabricante entregue as mercadorias no prazo, deve gerenciar desde a chegada da matéria-prima até o ritmo de vendas.

Na prestação de serviços, como é o caso do transporte de passageiros, também há estoque a ser controlado. O setor de manutenção precisa de itens de reposição para a manutenção preventiva ou corretiva da frota. Um ônibus fora de circulação porque a oficina não tem a peça necessária para troca é prejuízo certo.

Ou seja, a função do controle de estoque é potencializar a visão estratégica do gestor, reduzir os prejuízos, garantir a satisfação dos clientes e aumentar a margem de lucro. Não adianta planejar o melhor serviço de transporte se os veículos estão no pátio esperando pelo conserto.

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Quais os principais pontos de um controle de estoque?

Um controle de estoque eficaz depende de três pontos essenciais: entrada de materiais, saída de mercadorias e controle de catálogo de itens armazenados.

Controle de entrada e saída de produtos

Garante registros atualizados sobre os itens em estoque, levando em conta tudo o que entra e o que sai. Evita, assim, a compra de insumos desnecessários, capital e produtos parados no estoque, perda dos prazos de validade e roubos ou desvios de insumos, peças, matéria-prima ou produtos.

O inventário de estoque ajuda a fazer o controle de entrada e saída de produtos e otimiza o fluxo de produção ou a prestação de serviços.

Controle de catálogo de itens

A boa gestão de estoque requer ampla visibilidade sobre os itens do catálogo. Ou seja, é fundamental ter uma lista ou planilha com a descrição dos produtos, as quantidades de cada item (necessárias e em estoque), prazo de validade etc.

Além de classificar os materiais, é importante controlar o custo unitário dos itens e o giro de estoque. Isso garante a gestão financeira e evita prejuízos.

Quais os 4 principais tipos de estoque?

Os tipos de estoque variam conforme a atividade da empresa: estoque de matéria-prima, componentes, produtos semiacabados, acabados e consumíveis, como produtos de papelaria, de limpeza e peças de manutenção. Tudo precisa ser controlado.

De modo geral, os estoques podem ser divididos em:

1. Estoque de ciclo

Quando a empresa produz diferentes itens usados na montagem do produto final. Ou seja, cada componente tem um ciclo de produção único. Neste caso, o estoque de ciclo evita que a falta de um componente atrase a produção. É muito comum em fabricantes de eletroeletrônicos ou na indústria automobilística.

2. Estoque de fluxo

É o estoque mínimo necessário para suprir a produção, respeitando o prazo de entrega do fornecedor. Se o gestor sabe que um fornecedor leva uma semana para entregar um fluido usado na manutenção da frota, é necessário que a empresa tenha esse insumo no estoque da oficina pelo tempo suficiente até o reabastecimento.

3. Estoque sazonal

Usado em picos de demanda, requer atenção em negócios que têm períodos de aumento na produção. Ou seja, é o estoque que vai suprir demandas temporárias ou sazonais. É o que ocorre com fabricantes de chocolate no período da Páscoa ou com fabricantes de sorvete no verão.

4. Estoque de segurança

Imprevistos e atrasos na entrega de insumos podem ocorrer e o estoque de segurança serve para manter o material mínimo necessário à produção ou serviço. É útil para uma empresa em negociação com novos fornecedores.

Por que fazer controle de estoque é importante?

Ao gerenciar eficientemente o fluxo de estoque, diversas vantagens são obtidas. A saber:

Análise de Custos e Redução de Prejuízos: O controle de estoque permite uma análise mais precisa dos custos operacionais, identificando gargalos e oportunidades de otimização, o que consequentemente reduz os prejuízos financeiros.

Eficiência Operacional e Vantagem Competitiva: Ao saber exatamente quais produtos estão disponíveis e em que quantidade, a empresa ganha em agilidade nas operações, destacando-se perante a concorrência.

Preparação para Oportunidades Sazonais: O controle de estoque possibilita antecipar-se a demandas sazonais, garantindo que a empresa esteja pronta para atender às necessidades do mercado em momentos de alta demanda.

Controle de Compras: Conhecer os níveis de estoque ajuda a evitar compras desnecessárias e a equilibrar o fluxo de estoque, evitando desperdícios e falta de produtos em momentos cruciais.

Planejamento Estratégico e Consistência das Atividades: Com dados precisos sobre o estoque, a empresa pode desenvolver um planejamento estratégico sólido e manter a consistência nas operações diárias.

Garantia de Qualidade dos Produtos: Ao controlar as entradas e saídas, é possível garantir que os produtos, insumos e itens estocados estejam em perfeitas condições, assegurando a qualidade do que é estocado.

Estoques Reduzidos com Controle Eficiente: Com um controle adequado, é possível manter estoques reduzidos sem comprometer a disponibilidade dos produtos, o que implica em menor investimento em armazenamento.

Melhoria na Gestão de Ativos: Além do controle de estoque, a prática também auxilia na gestão e manutenção de ativos da empresa, como equipamentos e frotas, prolongando sua vida útil e reduzindo custos com reposições.

Integração entre as Áreas e Relatórios Gerenciais: O controle de estoque facilita a integração entre setores da empresa e fornece informações cruciais para a geração de relatórios gerenciais, possibilitando decisões mais embasadas.

Serviços Pontuais: Com uma gestão de estoque eficiente, a empresa consegue cumprir prazos, aumentando a satisfação dos clientes.

Credibilidade e Reputação da Marca: O controle de estoque bem estruturado transmite confiança aos clientes e parceiros, contribuindo para uma maior credibilidade e uma reputação positiva da marca.

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Como fazer controle de estoque?

A seguir, confira os principais métodos de controle de estoque para otimizar o setor na sua empresa e alavancar os resultados operacionais:

1. Curva ABC

Divide o estoque em três categorias: A, B e C, a partir de três fatores (giro de estoque, faturamento e lucratividade). O objetivo é priorizar os produtos que mais agregam valor à empresa.

Neste caso, A considera 20% dos itens que representam 80% do valor, ou seja, tem alta lucratividade; B agrega 30% dos itens que representam 15% do valor e C representa 50% dos itens que representam 5% do valor – são menos valiosos, atendem demandas eventuais e o controle não precisa ser tão rígido.

Leia mais sobre a Curva ABC no Guia para aplicar o método de maneira mais produtiva na empresa de transporte.

2. PEPS

Considera que a prioridade de venda é a mercadoria que está há mais tempo no estoque. Por isso PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair. Respeita, portanto, a ordem cronológica conforme a data de fabricação ou chegada no armazém. É comum em negócios que lidam com produtos perecíveis.

3. Giro de estoque

Assim como o PEPS, é um método popular de controle de estoque. Relaciona o estoque médio da empresa com as vendas em um período determinado. Dessa forma, define quantos giros de estoque a empresa faz nesse prazo (um ano, por exemplo).

Facilita a criação de estratégias para a compra de novos insumos e para o impulsionamento nas vendas de produtos que ficam muito tempo em estoque.

4. UEPS

Contrário ao PEPS, segue outro princípio: último a entrar, primeiro a sair. Não é recomendado para produtos perecíveis, já que há risco de perda dos produtos. Leva em conta que o custo das mercadorias vendidas é calculado pelo valor dos produtos mais novos. Pode ser usado para fins gerenciais, mas não para apurar o lucro contábil das empresas.

 5. Just in Time

Tem foco na redução de custos e na manutenção de estoques no menor nível e tempo necessários. O objetivo é reduzir custos e áreas de armazenamento. Ou seja, é o estoque usado “no momento exato”. Para evitar faltas, esse método exige acompanhamento rigoroso, parceiros confiáveis, agilidade nas compras e prazos de entrega dos insumos bem enxutos.

6. Ciclo PDCA

Baseia-se em quatro etapas: plan (planejar), do (fazer), check (verificar) e act (agir). Por ordem, define objetivos, metas e metodologia do trabalho; cria um plano de ação baseado no segmento de atuação e perfil da empresa; acompanha e mede os resultados e, por fim, faz a verificação e cria padrões baseados no que deu certo. É usado para identificar e solucionar um problema no abastecimento de materiais, por exemplo.

7. Custo médio

Renova os valores do estoque sempre que ele é reabastecido, utilizando o método de média ponderada móvel (soma dos valores dos produtos antigos com os valores dos novos produtos, divididos pelo total de itens em estoque). Dessa forma, a empresa define o preço médio. É recomendado para empresas cujos valores dos produtos não oscilam muito.

8. Preço específico

Estima o preço individual de um produto, normalmente no caso itens com valor significativo, como um veículo ou máquina, por exemplo. É útil em operações robustas ou que forneçam bens e serviços customizados. Não é indicado para empresas com alto giro de estoque.

Tendências para o futuro do controle de estoque

As transformações digitais remodelaram os negócios. Para crescer, as empresas precisam investir na automatização de processos – e isso inclui o controle de estoque.

Fazer o inventário de estoque de forma manual demanda muito tempo e muita gente. O uso de sistemas integrados é uma das principais tendências para quem deseja controlar o estoque de forma mais eficiente.

Os softwares de gestão não só automatizam as atividades, mas centralizam as informações, reduzem os erros, facilitam o acompanhamento das entradas e saídas, monitoram os níveis de estoque e controlam o uso de insumos.

Entre as principais tendências para controle de estoque estão:

Tecnologia em nuvem – essencial para a gestão de armazéns, troca de dados e atualizações automáticas.

Internet das coisas (IoT) – conecta objetos físicos a sensores, melhorando a conexão e troca de informações sobre itens em estoque.

Análise de dados – digitaliza a cadeia de suprimentos, rastreando números e identificando desperdício e margem de produtos por depósito. Ajuda na previsão de estoque.

Omnichannel – variedade de canais de venda e integração de lojas físicas e e-commerce, com integração de estoques.

Sistema de controle de estoque para empresas de transporte

Não há dúvidas de que um controle de estoque eficiente requer tecnologia e sistemas integrados. No caso das empresas de transporte, o Globus, da Praxio, oferece funcionalidades específicas que auxiliam o gestor na resolução de problemas do dia a dia.

O sistema mantém ativo e funcional o estoque de peças e insumos da oficina. Com o Globus, os gestores controlam os itens necessários à manutenção preventiva e corretiva dos ônibus, monitoram as rotinas de estoque e têm acesso facilitado ao catálogo de itens por meio de um aplicativo integrado ao software.

Quando o controle de estoque é feito com o auxílio de ferramentas especializadas no setor de transportes, as áreas de compra e manutenção atuam conectadas. Esse fluxo de informações faz o controle e inventário de estoque e reduz os custos, já que as compras são feitas de forma mais estratégica.

A empresa que mantém os estoques da oficina atualizados e faz as manutenções em dia tem menos quebras de ônibus durante as viagens. Assim, a frota performa melhor e a operação ganham em qualidade e segurança.

Tudo isso o Globus, da Praxio, pode oferecer!

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