Um dos maiores desafios do Poder Público é determinar a tarifa do transporte público, seja ele municipal ou intermunicipal.
É notório que, quando são noticiados os reajustes de tarifa, a informação não é recebida pela população de menor renda que usufrui diariamente dos meios de transporte, sejam eles ônibus ou trens. Isso ocorre devido à existência de algumas diretrizes que definem a fixação do preço da tarifa de transporte que, por vezes, são desconhecidas pela população.
Entender como é fixado o preço da tarifa do transporte público é o primeiro passo para a empresa de transportes planejar a sua gestão de arrecadação, e é sobre este tema que vamos abordar hoje em nosso blog.
A gestão de arrecadação no transporte público pode ser facilitada e até mesmo automatizada se utilizarmos um software específico para isso, como é o caso do ERP (Enterprise Resource Planning).
Com este software, é possível receber atualizações em tempo real de quantos passageiros embarcaram com tarifa completa, além das gratuidades e integrações, o que facilita bastante o trabalho para a equipe do departamento financeiro de sua empresa.
Mas antes, precisamos entender como funciona a determinação da tarifa em si, os tipos de tarifa e o custo de transporte.
Vamos lá!
A tarifa de transporte
A definição tarifa do transporte é um ato de governo. As prefeituras são responsáveis pelo transporte urbano, enquanto o governo do estado é responsável pelo transporte intermunicipal.
A definição das tarifas tem como base a política tarifária regida pela lei 12.587/2012, que possui algumas diretrizes. São elas:
- Melhoria da eficiência e eficácia da prestação de serviços;
- Instrumento da política de ocupação equilibrada da cidade de acordo com o plano diretor municipal, regional e metropolitano;
- Promoção de igualdade no acesso aos serviços;
- Transparência na estrutura tarifária perante o usuário;
- Incentivo ao uso de créditos eletrônicos tarifários;
- Et cetera.
Existe ainda, no Brasil, uma confusão sobre o que é custo de transporte e política tarifária. Façamos uma breve definição.
Custo de transporte ou custo operacional
Como sabemos, a mobilidade urbana é regida essencialmente por ônibus. Nas grandes metrópoles, além do transporte rodoviário, a mobilidade urbana é alimentada por ferrovias e até barcas.
No geral, o serviço de transporte é realizado por empresas privadas contratadas, mediante licitação, pelo poder público. Cabe a este último definir a rede de transporte e as condições de execução dos serviços, do qual decorre o custo operacional que deve ser necessariamente coberto.
No processo licitatório estão definidos todos os parâmetros e condições para contratação do serviço e, quando o poder público seleciona a empresa que apresentou a melhor proposta, o custo operacional daquele serviço contratado se torna um dever do Poder Concedente perante o operador contratado.
Política tarifária
A política tarifária, por sua vez, consiste na decisão do governo sobre as seguintes diretrizes:
- Usuários que pagam tarifa cheia;
- Usuários que possuem algum tipo de desconto;
- Usuários com gratuidade (idosos, crianças, etc.);
- Dinâmica das integrações (ônibus e outros transportes, como trens, metrôs e barcas);
- Formas de pagamento;
- Quais são os direitos do passageiro.
Com os custos definidos, a política tarifária define as fontes de recurso para a sua cobertura, uma vez que o preço final para o usuário nunca cobre integralmente os custos de transporte.
Dentre as receitas adicionais para cobrir os custos de transporte, temos:
- Publicidade;
- Recursos públicos;
- Pedágio Urbano;
- Impostos incidentes sobre os combustíveis;
- Estacionamentos públicos.
Estas receitas adicionais são, para as empresas de transporte, as chamadas tarifas de remuneração, que são uma maneira que a administração pública encontrou para melhorar o serviço de transporte público sem prejudicar o usuário.
Dentre os fatores que geram maiores custos para o transporte são as tarifas com desconto e as gratuidades. Por isso, são recompensadas pelos itens citados acima.
O Custo Operacional de Transporte
O custo operacional do transporte compreende pela somatória de custos fixos, custos variáveis, remuneração pela prestação de serviço e impostos. Vamos especificá-los abaixo.
Custos fixos
Os custos fixos são todos aqueles gerados dentro de uma empresa de transportes, e independem se o veículo está em operação comercial ou não.
Estes custos não dependem do volume de serviços diretamente realizados para sua contabilização. São compostos, essencialmente, por:
- Colaboradores;
- Despesas administrativas (aluguel de escritório, material de escritório, água, luz, energia, telefone, etc.);
- Depreciação da frota;
- Remuneração de motoristas e colaboradores.
Custos variáveis
Como a própria denominação diz, são os custos que podem variar de acordo com os meses. São eles:
- Custos de combustível;
- Troca de óleo e lubrificantes;
- Quilometragem percorrida (uso de pneus);
- Peças e acessórios;
- Etc.
Tributos
São todas as taxas que incidem sobre a prestação de serviço, tais como:
- Imposto sobre serviço;
- PIS;
- COFINS;
- INSS;
- ICMS;
- Taxa de gerenciamento.
Como realizar a gestão de arrecadação com ERP
O ERP (Enterprise Resource Planning) é um robusto software baseado em computação na nuvem que unifica todos os dados de uma empresa, tais como:
- Financeiro;
- Compras;
- Vendas;
- RH;
- Comunicação;
- CRM.
Estes dados são alocados em uma única plataforma, acessada por todos os colaboradores através de computadores e dispositivos móveis, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Dito isso, o ERP Passageiros, da Praxio, é o único no mercado que além de unificar todos estes dados, também consegue agregar dados da operação logística de sua frota como um todo, inclusive o sistema de tarifação.
No caso da tarifação, todos os dados são coletados em tempo real e transmitidos diretamente para o setor financeiro de sua empresa de transportes, que pode tomar decisões mais rápidas para o gerenciamento de frota, por exemplo, ou otimizar os custos de combustível.
O ERP também automatiza todo o serviço que anteriormente era feito de maneira manual. Com isso, a empresa otimiza o trabalho e aumenta a produtividade, pois a automatização reduz drasticamente o número de falhas, passando a gerar maiores lucros.
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