A queda na produtividade e o aumento dos custos são problemas sentidos fortemente pelo setor de transporte rodoviário de passageiros no Brasil. Esses fatores vêm forçando a criação de estratégias para economizar recursos nas empresas.
Um estudo sobre o desempenho operacional do transporte público por ônibus mostra o declínio de 41,5% na produtividade do setor entre 1994 e 2021, com reflexos para a mobilidade dos passageiros, a saúde financeira das empresas e a economia do país.
O Anuário NTU 2021, divulgado pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), mostra que a demanda de passageiros chegou a se recuperar em 2021 na comparação com o ano anterior, subindo cerca de 37%. Ainda assim, em relação ao cenário anterior à pandemia, a queda permanece representativa: 32,6%.
Como se não bastasse, 2022 foi marcado pela alta nos custos da prestação de serviços (35% em média, conforme a NTU) – forçada principalmente pela demanda por reajustes salariais – e os sucessivos aumentos do diesel, que ultrapassam o percentual de 65%.
A mão de obra e os combustíveis, juntos, são os dois principais custos operacionais das empresas de transporte de passageiros e, como consequência, acabam refletindo no preço das tarifas e forçando os usuários a buscarem meios alternativos de deslocamento.
Atentos ao tema, preparamos uma lista com dicas para otimizar os custos no transporte de passageiros e economizar recursos no transporte. Se você quer melhorar a performance financeira da sua empresa, aproveite este conteúdo.
Por que as empresas precisam economizar?
A redução de custos está diretamente ligada à lucratividade das empresas de transporte de passageiros. No setor de mobilidade, os gastos devem ser muito bem planejados e controlados para garantir o fluxo de caixa, a competitividade e a saúde financeira dos negócios.
O primeiro passo é reconhecer os custos envolvidos no transporte de passageiros e fazer uma boa gestão dessas despesas. Para quem busca eficiência financeira, não existe segredo: só economizando é que as empresas do setor serão mais eficientes, tanto do ponto de vista da qualidade do serviço quanto da gestão financeira.
Na verdade, qualquer negócio precisa rever seus custos com frequência, mas entre as empresas de ônibus – seja de transporte urbano, fretamento, intermunicipal ou interestadual – essa medida é questão de sobrevivência.
Principais custos das empresas de transporte
Os custos de uma empresa envolvem despesas fixas e variáveis. No caso do transporte de passageiros, a mão de obra e o diesel estão no topo da lista. O custo com pessoal representa cerca de 50% dos gastos e os combustíveis, outros 25% ou mais. Ou seja, só nessa conta já estão três quartos do custo total das empresas de transporte.
O levantamento da NTU menciona ainda as despesas administrativas, peças e acessórios para manutenção, depreciação da frota, lubrificantes, locação e custos ambientais. Tudo isso precisa ser suportado pela venda de passagens (a principal fonte de receita das empresas de transporte), pela melhoria da produtividade e pela gestão correta dos custos.
O primeiro passo para economizar recursos no transporte de passageiros é entender quais são os custos fixos e variáveis. Depois, é hora de elaborar as estratégias para reduzir o impacto desses custos no resultado das operações.
- Custos fixos: ocorrem mesmo com os ônibus parados: despesas administrativas e gerais, salários, aluguel do pátio ou do escritório, licenciamento dos ônibus, IPVA, impostos, seguro da frota, internet, telefone, contabilidade, segurança patrimonial etc.
- Custos variáveis: estão relacionados ao número de viagens e quilometragem rodada: combustível e lubrificantes, manutenção, consumo de pneus, pedágios, multas, diária de motoristas etc.
- Custos eventuais: renovação da frota, aquisição de equipamentos e de sistemas de bilhetagem, investimentos em inovação etc.
Agora imagine a matemática que envolve a gestão de todos esses custos?
Um desafio enorme, mas extremamente necessário, afinal, gerar economia em todos os processos e gerenciar com rigor os custos mantêm o fluxo de caixa saudável, possibilita investimentos e, evidentemente, garante que a empresa de transporte rodoviário de passageiros seja competitiva.
Como fazer isso? Com tecnologia de gestão empresarial.
Como potencializar a economia das empresas de transporte de passageiros?
Gerir com economia; poupar; não desperdiçar. Esses são apenas alguns dos sinônimos de “economizar” que se aplicam perfeitamente às empresas de transporte de passageiros. Mas a economia só é possível, de fato, quando há um controle assertivo e minucioso sobre cada um dos custos da operação.
Parece difícil, mas a tecnologia é uma grande facilitadora para empresas de transporte de passageiros que levam a sério a missão de gerenciar os custos sem prejuízos à qualidade do serviço.
Confira 14 dicas para economizar recursos no transporte de passageiros:
1. Identifique e catalogue custos
Faça a identificação e análise de todos os custos fixos e variáveis, atualize periodicamente os gastos e sistematize meios para acompanhar os aumentos.
2. Estabeleça rotinas de controle
Controle rigorosamente as entradas e saídas no caixa, definindo o que pode ser melhorado, mantido ou eliminado.
3. Documente seu planejamento
Trabalhe com orçamentos de médio e longo prazo e planeje formas para reduzir os custos em todas as áreas da empresa.
4. Elabore metas
Estabeleça metas de economia e compartilhe com todos os envolvidos no processo;
5. Otimize a operação
Faça a gestão de escalas e serviços, reduzindo a ociosidade da frota.
6. Resolva processos específicos
Aposte na roteirização para ser assertivo nas viagens rodando com a capacidade total dos ônibus (no caso de empresas de fretamento).
7. Invista em ferramentas
Invista em métodos para a gestão diferenciada dos maiores custos da empresa, como pagamento de funcionários, abastecimentos e gestão de pneus.
8. Qualifique os motoristas
O modo como cada profissional dirige influencia nos custos com combustível e com manutenções corretivas. Por isso, é fundamental que os profissionais sejam treinados e adotem o estilo de direção defensiva.
9. Faça o monitoramento de viagens
Contrate sistemas de acompanhamento e monitoramento das viagens para fazer a gestão das rotas, práticas de direção, rastrear veículos, acompanhar a quilometragem percorrida etc.
10. Crie rotinas de manutenção
Estabeleça planos de manutenção preventiva periódicas. Prevenir é muito mais barato do que remediar e ter ônibus quebrados no meio da viagem acarreta prejuízos, sem contar que coloca em risco a vida de motoristas e passageiros.
11. Reduza a ociosidade
Ônibus parado é prejuízo na certa. Otimize a frota, preenchendo a capacidade do ônibus, estude o cronograma de manutenções e programe a parada dos ônibus e reavalie os trechos e linhas com maior ociosidade ou mau aproveitamento da frota.
12. Automatize processos
Automatize processos para agilizar os trabalhos operacionais, aumentar a produtividade, reduzir a margem de erros e retrabalhos, melhorar a qualidade do serviço e ter dados confiáveis para a tomada de decisões.
13. Alie-se à tecnologia
Implemente softwares inteligentes de gestão para frota, roteirização, monitoramento das viagens em tempo real, gerenciamento de combustível e de pneus, controles de jornada e ponto dos motoristas, venda de passagens etc.
14. Otimize o RH
Garanta que o RH entenda as particularidades da operação de transporte para fazer o controle de ponto e hora extra de motoristas por meio de sistemas específicos para a gestão de escala e plantão – respeitando a Lei do Motorista -, treinamentos, cursos de reciclagem, acompanhamento e renovação de CNH e gestão de multas.
Por que investir em tecnologia na hora de economizar custos
O investimento em tecnologia e em soluções de gestão desenvolvidas especialmente para o setor de transporte e mobilidade faz toda a diferença na hora de economizar custos. O Globus, da Praxio, é capaz de proporcionar uma série de ganhos nos aspectos que mais interferem nas finanças das empresas de ônibus. Assim, fica mais fácil economizar recursos no transporte.
Veja o que essa ferramenta pode fazer nas áreas de:
1. Gestão de pessoal
- Registro dos cursos realizados pelos motoristas, possibilidade de controlar os cursos obrigatórios e a frequência (abono do dia em treinamento).
- Controle dos equipamentos de proteção individual e acompanhamento das regras para controle de validade dos equipamentos.
- Registro do histórico funcional e controle de ocorrências.
- Ficha médica, com registro do histórico médico dos profissionais e exames periódicos.
2. Combustível e controle de indicadores da frota de ônibus
- Controle dos abastecimentos de ônibus e carros de apoio feitos externamente e na garagem, controle da quilometragem dos veículos e média de consumo, informações gerenciais sobre o consumo de combustível da frota e disponibilização da quilometragem rodada.
- Aferição no tanque com checagem da quantidade de combustível comprada versus recebida.
- Registro de NF da entrada de combustível no tanque.
- Automatização e envio das informações relevantes sobre abastecimento para os módulos contábil, fiscal e de contas a pagar.
- Importação dos registros de abastecimento por meios automatizados, eliminando a necessidade de digitação e garantindo a integridade das informações.
- Integração com estoque e registro do volume de insumos consumidos.
- Checagem da quantidade de litros retirada da bomba de combustível e comparação com a somatória de todos os abastecimentos.
- Acompanhamento diário da média de consumo dos veículos e comparação do consumo previsto versus realizado.
- Relatórios sobre abastecimentos externos, confrontando a nota fiscal recebida do posto com o abastecimento realizado.
3. Pneus e manutenção
- Controle da vida útil dos pneus, gestão de rodízio e aferição – que nesse caso conta com um app para facilitar a atividade, o Afere Fácil. Integrado ao Globus, o sistema consolida dados sobre o uso dos pneus, proporcionando o aumento no desempenho e prolongamento da vida útil desse insumo, contribuindo na redução de custos.
- Controle da manutenção por meio do app para Checklist integrado ao módulo de manutenção. O sistema agiliza a inspeção da frota e a abertura direta da ordem de serviço.
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