governança de dados

O que é governança de dados e qual a sua importância para as empresas?

Compliance, gestão de informações e governança de dados. Com certeza você já ouviu falar sobre esses conceitos e não vai demorar para que sua empresa tenha de se preocupar com o volume crescente dos dados em circulação.

A quantidade de dados gerados e compartilhados entre empresas, fornecedores, parceiros e clientes cresce cerca de 40% ao ano no mundo, segundo indica o Relatório de Mercado de Governança de Dados da Aureus Analytics.

Esse volume é impulsionado, principalmente, pelo avanço das tecnologias e pela exigência de clientes e investidores por negócios mais éticos e transparentes. Atrelada à geração de dados está a necessidade de as empresas se adaptarem às novas realidades digitais.

O transporte público urbano não foge à regra e a governança de dados já se tornou um componente crucial para o sucesso das operações. Quer saber por quê? A gente explica tudo neste artigo.

O que é governança de dados?

A governança de dados é um conjunto de práticas, processos e tecnologias integradas que melhoram a qualidade, a segurança, a integridade e o uso de dados em uma empresa.

É por meio da governança de dados que são definidos como as informações coletadas serão armazenadas, processadas, acessadas e utilizadas na tomada de decisões e no cumprimento das metas.

Qual a diferença entre gestão de dados e governança de dados?

Gestão de dados: diz respeito à coleta, armazenamento, processamento e análise dos dados. É mais focada no gerenciamento das informações e em aspectos técnicos, como a implementação de bancos de dados, ferramentas para análise e sistemas para a integração dos dados.

Governança de dados: trata dos princípios, políticas e processos adotados pela empresa para que os dados sejam gerenciados e utilizados de forma estratégica. Define, entre outros aspectos, quem terá acesso aos dados, como eles podem ser usados e as responsabilidades pelo uso das informações.

Em resumo, a gestão de dados se encarrega de “como” os dados serão coletados e gerenciados com segurança. A governança trata do “porquê” esses dados devem ser gerenciados e sua importância ou utilidade para a operação.

Qual a importância da governança de dados?

As falhas na governança de dados podem causar impactos às empresas. Um estudo da IBM realizado em 2016 deu ideia da dimensão do problema. À época, as estimativas sobre as perdas por uso equivocado de dados em empresas dos Estados Unidos indicavam algo em torno de US$3,1 trilhões por ano.

Hoje, com um volume de dados muito maior, não é difícil projetar o tamanho do prejuízo. Já quem aposta na governança dos dados segue o caminho inverso. Pelos cálculos feitos pela McKinsey Global Institute em 2020, o valor dos dados para a economia brasileira pode chegar a R$2,5 trilhões até 2030.

Diante desses números, é natural afirmar que a governança de dados é essencial às empresas. No caso do transporte urbano, por exemplo, a governança de dados é capaz, entre outras vantagens, de aumentar a transparência dos contratos com a gestão municipal e otimizar o uso de recursos públicos destinados à mobilidade e à concessão de serviços de transporte.

5 vantagens da governança de dados para o setor de transporte público urbano

Entre os principais benefícios da governança de dados, estão:

1. Melhoria da qualidade dos serviços

Melhor compreensão das necessidades dos usuários, identificação de ineficiências no serviço, oportunidade de otimização de rotas com baixa demanda ou superlotação, criação de histórico para embasar a oferta de serviços.

2. Aumento da eficiência operacional

Dados em tempo real sobre localização dos veículos e status das linhas, análises preditivas, redução das despesas com manutenção, otimização da alocação de recursos e controle nos custos operacionais.

3. Tomada de decisões estratégicas

Informações sobre demandas e planejamento de novas rotas e linhas, ajustes nos serviços, desenvolvimento de estratégias para reduzir emissão de carbono e fortalecimento das ações de sustentabilidade.

4. Transparência e accountability

Acessibilidade e transparência nos dados, maior controle social sobre o sistema de transporte público e melhoria na gestão de responsabilidades sobre a eficiência do serviço.

5. Inovação

Criação de uma base de dados para apontar inovações, identificação de oportunidades de negócios e desenvolvimento de soluções para os desafios do transporte público urbano e da mobilidade nas cidades.

Como usar os dados no transporte público urbano?

O uso de dados no transporte público urbano facilita a adoção de estratégias para melhorar o serviço, atender às regulamentações e satisfazer as necessidades dos usuários.

Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro investigou o uso de big data para o transporte público e confirmou que os dados podem ser usados para prever demandas do transporte público, otimizar a frota e personalizar serviços.

Outro levantamento da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) realizado em 2021 mapeou o uso de dados em 43 cidades brasileiras:

  • 70% delas usam dados para monitorar a frota de veículos;
  • 60% se utilizam dos dados para planejar rotas e horários;
  • 40% fazem o controle de qualidade dos serviços de transporte público a partir da coleta e análise de dados.

Além disso, no Brasil, cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo utilizam o GTFS (General Transit Feed System) para fornecer dados georreferenciados sobre o transporte coletivo e melhorar a experiência dos passageiros.

Exemplos do uso de dados na melhoria do transporte público

Algumas cidades brasileiras e empresas de transporte de passageiros estão implementando iniciativas inovadoras de uso de dados no transporte público.

São Paulo, por exemplo, já utiliza dados para monitorar a frota de ônibus em tempo real e para informar aos usuários os horários dos próximos ônibus. Os dados também são usados para monitorar o trânsito e reduzir os congestionamentos.

A ViaQuatro, concessionária da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, utiliza dados para monitorar a performance do sistema, identificar oportunidades de melhoria, se comunicar com os usuários e oferecer um serviço mais personalizado.

No Rio de Janeiro, os dados servem para planejar rotas e horários de acordo com a demanda dos usuários e, em Curitiba, a qualidade dos serviços de transporte público é controlada com o auxílio de dados.

Qual é a estrutura da governança de dados?

A estrutura da governança de dados é construída a partir de elementos, processos e sistemas integrados. Para cada segmento de negócio ou porte da empresa é possível criar uma estrutura de governança de dados personalizada.

Ainda assim, essa estrutura deve ser sustentada em quatro pilares:

Pessoas: responsáveis por gerenciar os dados específicos de acordo com as políticas e diretrizes da governança de dados.

Processos: conjunto de rotinas certificam a precisão, confiabilidade, segurança e consistência dos dados da empresa.

Tecnologia: ferramentas que armazenam, gerenciam e integram os dados da organização, permitindo aos usuários analisarem os dados e gerar insights.

Cultura: divulgação das formas de compartilhamento e integração dos dados gerados por diversas áreas da empresa e comunicação clara sobre políticas de transparência e regras de acesso.

Quais são os processos da governança de dados?

Conforme observamos no tópico anterior, a governança de dados requer um conjunto de processos, políticas e tecnologias para garantir a qualidade, a segurança, a integridade e o uso eficaz dos dados da empresa. 

Para colocar a governança de dados em prática na empresa de transporte, é importante ter em mente os seguintes processos:

1. Definição de políticas e diretrizes

As empresas devem estabelecer regras e normas para o uso dos dados, definindo, principalmente, quem terá acesso às informações, como os dados devem ou podem ser utilizados e quais as responsabilidades de cada um.

2. Gerenciamento de qualidade dos dados

É essencial garantir que os dados sejam precisos, confiáveis e consistentes. Neste caso, a governança de dados deve incluir a definição de padrões de qualidade para os dados, implementação de processos para garantir essa qualidade e monitoramento constante.

3. Segurança de dados

A governança de dados deve se encarregar da proteção contra acessos não autorizados, uso indevido e perda. Para isso, deve implementar medidas de segurança físicas e digitais, controle de acesso e criptografia dos dados.

4. Arquitetura de dados

As empresas precisam definir a estrutura dos dados a serem coletados, processados e analisados. Isso requer a definição de modelos de dados, padronização dos nomes e formatos dos dados e, principalmente, integração das informações compartilhadas por diferentes fontes.

5. Análise de dados

Extrair insights é um processo fundamental para a tomada de decisões. Cabe à governança dos dados selecionar ferramentas para a análise dos dados e definir os critérios sobre quais são as informações pertinentes e necessárias à empresa.

6. Monitoramento e avaliação

Para funcionar de forma eficaz, a governança de dados precisa que as políticas e diretrizes sejam bem implementadas e monitoradas, possibilitando tanto a avaliação da qualidade dos dados quanto a segurança.

7. Comunicação e treinamento

Todos os envolvidos nos processos de governança de dados devem estar cientes de seu papel e sua importância no processo. Neste caso, a empresa deve treinar os times para o uso de dados.

8. Auditorias e controle de qualidade

Para comprovar o compliance, a governança de dados deve criar metodologias de verificações periódicas que assegurem a validade dos dados em todos os procedimentos para comprovar o compliance.

Qual a relação entre governança e tecnologia? 

A governança de dados e a tecnologia estão totalmente ligadas. A tecnologia fornece as ferramentas necessárias para uma gestão de dados eficaz, como sistemas integrados entre as áreas, segurança da informação, plataformas de colaboração e de análise de dados.

Já a governança estabelece a estrutura e as regras a partir da tecnologia, definindo quais ferramentas serão utilizadas, quais rotinas devem ser implementadas e quem terá acesso a essas informações.

Para que essa relação seja o mais eficiente possível, é importante considerar aspectos como:

Alinhamento estratégico: a governança de dados deve garantir que a tecnologia esteja alinhada com os objetivos estratégicos da organização.

Gestão de riscos: a tecnologia auxilia a empresa na identificação de riscos associados à operação. Isso é ainda mais importante no contexto de padrões de qualidade do transporte público urbano. 

Transparência: garantia de que a tecnologia permita a gestão integrada de todas as áreas da empresa, de forma a centralizar dados e dar visibilidade de informações dos diversos setores em 360°.

Eficiência e produtividade: a tecnologia, sem dúvidas, garante a eficiência e a produtividade da organização e da gestão dos dados.

Inovação: a tecnologia é um importante motor de transformação digital para a organização e, por isso, deve ser escolhida adequadamente para otimizar a governança de dados.

Considerando todos esses aspectos da inter-relação entre governança de dados e tecnologia, é fundamental que as empresas de transporte urbano de passageiros tenham à disposição sistemas de gestão especializados e totalmente integrados.

O Globus, desenvolvido pela Praxio, é a solução líder de mercado desenvolvida especificamente para a gestão de transporte completa. 

Com o software, a empresa de transporte tem maior facilidade para cumprir leis e normas sem demandar tanto tempo ou recursos, uma vez que o controle é automatizado. Assim, permite um controle rigoroso para atender a fiscalizações e prazos importantes. 

Quer saber como essa tecnologia pode ajudar na governança de dados na prática dentro da sua empresa?

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